15 anos sem Chico Science

Era 2 de fevereiro de 1997 quando, por volta das 19h, o cantor e compositor Chico Science, no auge do sucesso, pegou o seu Fiat Uno branco rumo a Olinda. Um acidente fatal mudou o rumo que a música pernambucana poderia seguir. O carro de Chico chocou-se com um poste na região do Complexo de Salgadinho e o País perdeu o cantor que revolucionou a música na década de 90.

Foi Chico Science quem fez crescer - e se espalhar - o movimento Manguebeat, uma das manifestações mais relevantes da contracultura no Brasil daquela década. O movimento nasceu em Recife, com a mistura de ritmos regionais, como o maracatu, com o rock, o hip hop, o funk americano e a música eletrônica. O Mangue Beat traz um tom crítico em relação ao abandono econômico-social do mangue, da desigualdade do Recife, trazendo a discussão ainda sobre a exclusão musical no páis da época para quem estava fora do eixo Rio/SP.

Apesar de ter sido inventado na década de 1970 pelo guitarrista Robertinho do Recife com os álbuns "Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no Passo" (1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), o Mangue Beat tem como ícone o músico Chico Science. Nada mais justo, Science quem batizou o movimento e foi o principal divulgador de suas ideias, ritmos e contestações. Abaixo, um dos maiores sucesso do cantor, que recebe hoje uma homenagem com apresentação na MTV, às 23h30, do Especial MTV: Chico Science — 15 anos depois.

Redação Brasillistas